A dor é um mal que afeta boa parte das pessoas e interfere na qualidade de vida. Você sabe como a dor age no cérebro e de que forma sua mente pode ajudar a enfrentá-la?
De acordo com pesquisas, três em cada quatro brasileiros são afetados por algum tipo de dor. Dentre as pessoas analisadas, 65% sofrem de enxaquecas e dores de cabeça e 41% com dores nas costas. Com isso atividades como emprego, sono, funções domésticas e lazer são prejudicadas. Seja onde for, esse incômodo pode atrapalhar a rotina de quem convive com esse mal.
O caminho da dor inicia no momento em que alguma parte do corpo é lesada, ou seja, sofre um trauma. Quando isso ocorre, alguns receptores, denominados nociceptores, são estimulados, desencadeando um disparo doloroso que é transmitido de um neurônio a outro até chegar ao cérebro, onde há a percepção da dor.
Assim sendo, apesar das lesões partirem de um local específico, o cérebro é o responsável pela sensação de dor. O chamado estímulo álgico pode surgir em um órgão, um nervo, na pele, entre outros locais. É no cérebro que essa informação é detectada e processada, e então temos a percepção da dor, e isso ocorre em uma fração de segundos.
Alguns fatores pessoais podem interferir diretamente nesse processo. Após a captação dos sinais de dor e envio ao cérebro, as emoções e memórias podem modular a percepção desse incômodo. Dessa forma, uma sensação desagradável, já sentida anteriormente, pode parecer muito pior se houver lembranças negativas.
Para que haja essa interpretação, diversas regiões do cérebro são estimuladas e contribuem para esse resultado nada agradável. Dentre os principais neurotransmissores envolvidos na transmissão da dor estão:
Glutamato - responsável pela velocidade da comunicação neuronal, pela resposta imediata a um estímulo
Aspartato
Substância P - Age aumentando a sensação da dor
Neurotensina
Endorfinas
Encefalinas
Dor de cabeça e Enxaqueca
A dor de cabeça sempre lidera o ranking, e é a que mais incomoda. Ela pode ser dividida em dois grupos:
Primário - Dores que são os próprios males, ou seja, não há nenhum outro fator que dá origem a esse quadro
Secundário - É um indício de alguma outra disfunção do organismo, como sinusite, aneurisma ou tumor
Como a dor de cabeça pode estar presente em muitas doenças, sua identificação vai depender de outros sintomas associados ao quadro. Segundo a sociedade brasileira de cefaleia existem mais de 150 tipos de dores de cabeça. A enxaqueca é o mais temido e afeta cerca de 90% da população mundial.
Em nossa sociedade, criou-se um senso comum de que a enxaqueca é uma dor de cabeça mais forte. Mas, apesar de fazer parte das cefaleias primárias, ela vai muito além disso. Suas crises podem durar dias e provocar dores latejantes nos pacientes. A dor é extremamente forte, acompanhada da retenção de líquidos no organismo e de distúrbios do sistema nervoso autônomo. Os pacientes com enxaqueca sentem fotofobia e outras perturbações da visão, da fala e dos movimentos, que precedem a dor de cabeça em cerca de uma hora e decorrem provavelmente da constrição de artérias intracranianas. As causas da enxaqueca são desconhecidas. A incidência frequente em algumas famílias sugere predisposição genética, mas certos traços de personalidade comuns entre os pacientes, como perfeccionismo, dedicação excessiva ao trabalho e inflexibilidade, fazem crer em causas de fundo emocional. Durante a crise, que sem tratamento pode durar de 12 a 24 horas ou mais, muitos pacientes têm náuseas e vômitos. Trata-se a enxaqueca com medicamentos vasoconstritores e analgésicos.
Existem algumas teorias para a causa da enxaqueca. A mais aceita é que o sistema nervoso, quando submetido a mudanças bruscas corporais ou do ambiente externo, torna-se vulnerável, causando uma inflamação nos vasos sanguíneos do cérebro.
Dor nas costas
Dados da Organização Mundial de Saúde também apontam que cerca de 80% das pessoas sofrerão com dor nas costas pelo menos uma vez na vida. As dores nas costas, geralmente, causam queda de produtividade no trabalho, aumento de estresse emocional e diminuição da qualidade de sono.
A origem desse mal pode variar desde hábitos incorretos até questões físicas e doenças. Sedentarismo, sobrepeso, hérnia de disco, desvios posturais, doenças metabólicas (artrite reumatoide e espondilite anquilosante), doenças degenerativas (artrose) são alguns dos causadores da dor nas costas.
Fora as questões físicas provocadas pela dor, é comum que também apareçam algumas consequências emocionais. Por isso mesmo é impossível desassociar as duas coisas, principalmente quando falamos de dores crônicas.
Assim, além de tratar os aspectos físicos, os especialistas estudam também questões comportamentais ligadas aos fatores de recidiva (reaparecimento de um sintoma) ou piora (ansiedade, estresse, medo e evitação), e também de melhora (motivação e confrontamento).
A origem desse mal pode variar desde hábitos incorretos até questões físicas e doenças. Sedentarismo, sobrepeso, hérnia de disco, desvios posturais, doenças metabólicas (artrite reumatoide e espondilite anquilosante), doenças degenerativas (artrose) são alguns dos causadores da dor nas costas.
Fora as questões físicas provocadas pela dor, é comum que também apareçam algumas consequências emocionais. Por isso mesmo é impossível desassociar as duas coisas, principalmente quando falamos de dores crônicas.
Assim, além de tratar os aspectos físicos, os especialistas estudam também questões comportamentais ligadas aos fatores de recidiva (reaparecimento de um sintoma) ou piora (ansiedade, estresse, medo e evitação), e também de melhora (motivação e confrontamento).
A hipnose aliada no combate da dor
Na busca pela cura desse mal, muitos acreditam apenas nos tratamentos tradicionais. No entanto, a mente também pode ser aliada no combate dos sintomas. Nesse quesito, a hipnose é uma das técnicas utilizadas para o tratamento de diversas dores. Apesar de apresentar resultados positivos em muitos casos, geralmente as pessoas só procuram a alternativa quando a dor já alcançou um estágio mais grave.
A hipnose pode ser utilizada para tratar qualquer tipo de dor. Lógico que não vai curar um processo inflamatório, mas alivia a dor enquanto o remédio leva o tempo necessário para a cura. É mais utilizada nos casos crônicos, pois aí há um componente emocional que intensifica os sintomas.
Quando o desespero e a desesperança invadem quem sente a dor, a hipnose age no âmbito emocional. No tratamento, diversas técnicas conduzem a intervenção. Os métodos empregados podem ser uma indução direta para bloquear a dor, mas geralmente é utilizada a regressão para a busca de sua causa. Se for um trauma, ao tratá-lo, a dor desaparece.
Há também a técnica de visualização dirigida para alívio da dor enquanto se faz o tratamento adequado para cada caso.
Mas os benefícios da hipnose não param por aí! Além de reduzir a ingestão de medicamentos, em cirurgias diminui o uso de anestésico e melhora a cicatrização, o edema e a dor pós operatória. Há também a possibilidade de utilização para o parto, na diminuição da dor e facilitando o nascimento sem trauma.
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