Dormindo acordado - Como o sonambulismo pode ser perigoso para que sofre do distúrbio
Sonambulismo é perigoso? |
O sono é fundamental para o organismo descansar e executar algumas funções importantes. Mas, para muitas pessoas o momento do dia de relaxar pode ganhar contornos de preocupação e risco.
Imagine acordar de madrugada e caminhar até a geladeira, ou então, alguns quilômetros em direção à cidade vizinha! E isso tudo sem ter consciência sobre o que está fazendo. Essa é a realidade de 17% das crianças entre oito e 12 anos, além de vários adultos.
O sono é dividido em fase REM (sigla que significa movimento rápido dos olhos), e não REM, em que ocorrem as parassonias do sono. O sonambulismo faz parte de um conjunto de manifestações caracterizadas por um despertar parcial. Assim, apenas algumas funções cerebrais têm funcionamento semelhante ao que se tem durante a vigília. Dentre os principais sinais apresentados por quem tem sonambulismo, o caminhar é o mais aparente, seja uma breve ida até a cozinha e o retorno para a cama ou até sair de casa.
Além disso, outras áreas sofrem alterações durante um período de sonambulismo, principalmente no cérebro. Ocorre a estimulação de parte dos mecanismos de despertar, por exemplo, a função de deambulação está ativada, mas a do julgamento e consciência não. No corpo, pode haver ativação de funções relacionadas ao estresse, como o aumento de frequência cardíaca.
O que causa sonambulismo?
Muitos fatores podem dar origem a uma crise de sonambulismo, começando pela hereditariedade. A genética apresenta um papel importante na predisposição: 65% das pessoas com o distúrbio têm antecedentes familiares. Atividades comuns, como ingerir álcool e medicamentos ou estar exposto à luminosidade e estímulos sonoros, podem dar origem ao quadro em quem já possui a tendência.
Apesar de as pessoas predispostas possuírem mais possibilidade de desenvolver o sonambulismo, qualquer um pode apresentar o quadro, principalmente em ocasiões de estresse.
O sonambulismo é perigoso, há sequelas?
Muitas dúvidas surgem em relação ao sonambulismo, principalmente em relação aos riscos envolvidos. Por exemplo, a pessoa pode se envolver em algumas situações de perigo, como cair de uma escada, ou ir para a rua e tentar atravessá-la. Durante as crises, há a possibilidade de ocorrer acidentes em decorrência dessa manifestação, mas não há consequências de doenças ou degeneração cerebral.
Outro mito é o de que não se deve acordar o sonâmbulo. Ele só ficará confuso e não entenderá o que ocorre no momento. Apesar disso, o mais indicado é orientar a pessoa até conseguir levá-la novamente para a cama. Ela entenderá o que está sendo dito, mas não se lembrará de nada no outro dia.
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